a) Farinha de carne, ossos e sangue
A indústria das carnes é responsável pela produção da maior parte dos desperdícios orgânicos de todo o setor agroindustrial. Entre os desperdícios produzidos (por matadouros de suínos, bovinos, ovinos e caprinos) incluem-se ossos, vísceras, conteúdos ruminais, sangue, cabeças, cascos, couros e outros tecidos não utilizados na alimentação humana. A diversidade de resíduos e produtos secundários permite a obtenção de farinhas com composição e valor nutricional muito variável (AYADI, et al., 2012).
Comparativamente à farinha de peixe, a farinha produzida a partir de carne e ossos apresenta teores mais baixos de proteína (47.3 – 54.3%) e de aminoácidos, especialmente de lisina e metionina. Por essa razão, esta fonte proteica apresenta geralmente uma menor digestibilidade e induz um crescimento mais reduzido do que a farinha de peixe.
A farinha de sangue é obtida a partir do sangue de animais de abate após etapas de centrifugação e secagem que permitam a remoção de matérias estranhas e de patogénicos. Os preços deste produto são mais elevados quando o sangue provém de suínos (ou outros não-ruminantes) dada a menor disponibilidade relativamente ao sangue de bovinos. Trata-se de uma fonte muito rica em proteínas de alta qualidade (80.0 – 98.8%) que apresenta níveis muito elevados de lisina e de outros aminoácidos, mas níveis muito baixos de metionina e isoleucina. Para corrigir este desequilíbrio no perfil de aminoácidos, torna-se necessário suplementar a farinha de sangue com os aminoácidos deficitários, para se evitarem efeitos negativos ao nível das culturas aquícolas (AYADI, et al., 2012).
b) Farinha de desperdícios da avicultura
Da prática da avicultura industrial resultam uma grande variedade de resíduos que podem ser reutilizados como fontes proteicas em rações de peixes de aquacultura. Entre esses resíduos incluem-se patas, cabeças, ovos não desenvolvidos, moelas e vísceras. As condições de processamento afetam a qualidade da farinha obtida dos desperdícios da avicultura, assim como o teor de aminoácidos e a digestibilidade. Comparativamente à farinha de peixe, a farinha de desperdícios da avicultura apresenta menor teor de aminoácidos, sendo a metionina aquele que se encontra em maior carência (AYADI, et al., 2012).
As penas de frangos e perus são um resíduo que após processamento adequado pode ser transformado numa farinha proteica. O processamento da farinha de penas envolve uma hidrólise com vapor realizada a altas temperaturas e pressões, sendo seguida pelas operações de secagem e moagem. Comparativamente à farinha de peixe, a farinha de penas apresenta deficiências em histidina, lisina e metionina mas excesso de outros aminoácidos, nomeadamente fenilalanina, treonina e valina (AYADI, et al., 2012)
Tabela 1 - Composição de fontes proteicas animais e vegetais
Tabela 2 - Utilização de fontes proteicas alternativas na alimentação de Tilápia do Nilo e Truta Arco-íris
A indústria das carnes é responsável pela produção da maior parte dos desperdícios orgânicos de todo o setor agroindustrial. Entre os desperdícios produzidos (por matadouros de suínos, bovinos, ovinos e caprinos) incluem-se ossos, vísceras, conteúdos ruminais, sangue, cabeças, cascos, couros e outros tecidos não utilizados na alimentação humana. A diversidade de resíduos e produtos secundários permite a obtenção de farinhas com composição e valor nutricional muito variável (AYADI, et al., 2012).
Comparativamente à farinha de peixe, a farinha produzida a partir de carne e ossos apresenta teores mais baixos de proteína (47.3 – 54.3%) e de aminoácidos, especialmente de lisina e metionina. Por essa razão, esta fonte proteica apresenta geralmente uma menor digestibilidade e induz um crescimento mais reduzido do que a farinha de peixe.
A farinha de sangue é obtida a partir do sangue de animais de abate após etapas de centrifugação e secagem que permitam a remoção de matérias estranhas e de patogénicos. Os preços deste produto são mais elevados quando o sangue provém de suínos (ou outros não-ruminantes) dada a menor disponibilidade relativamente ao sangue de bovinos. Trata-se de uma fonte muito rica em proteínas de alta qualidade (80.0 – 98.8%) que apresenta níveis muito elevados de lisina e de outros aminoácidos, mas níveis muito baixos de metionina e isoleucina. Para corrigir este desequilíbrio no perfil de aminoácidos, torna-se necessário suplementar a farinha de sangue com os aminoácidos deficitários, para se evitarem efeitos negativos ao nível das culturas aquícolas (AYADI, et al., 2012).
b) Farinha de desperdícios da avicultura
Da prática da avicultura industrial resultam uma grande variedade de resíduos que podem ser reutilizados como fontes proteicas em rações de peixes de aquacultura. Entre esses resíduos incluem-se patas, cabeças, ovos não desenvolvidos, moelas e vísceras. As condições de processamento afetam a qualidade da farinha obtida dos desperdícios da avicultura, assim como o teor de aminoácidos e a digestibilidade. Comparativamente à farinha de peixe, a farinha de desperdícios da avicultura apresenta menor teor de aminoácidos, sendo a metionina aquele que se encontra em maior carência (AYADI, et al., 2012).
As penas de frangos e perus são um resíduo que após processamento adequado pode ser transformado numa farinha proteica. O processamento da farinha de penas envolve uma hidrólise com vapor realizada a altas temperaturas e pressões, sendo seguida pelas operações de secagem e moagem. Comparativamente à farinha de peixe, a farinha de penas apresenta deficiências em histidina, lisina e metionina mas excesso de outros aminoácidos, nomeadamente fenilalanina, treonina e valina (AYADI, et al., 2012)
Tabela 1 - Composição de fontes proteicas animais e vegetais
Tabela 2 - Utilização de fontes proteicas alternativas na alimentação de Tilápia do Nilo e Truta Arco-íris
Referências:
AYADI, F., et al, 2012. Alternative Protein Sources for Aquaculture Feeds. Journal of Aquaculture Feed Science and Nutrition, 4(1), pp. 1-15.
AYADI, F., et al, 2012. Alternative Protein Sources for Aquaculture Feeds. Journal of Aquaculture Feed Science and Nutrition, 4(1), pp. 1-15.
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