A operação de limpeza visa a remoção dos contaminantes presentes nas superfícies dos equipamentos necessários ao processamento, e utiliza agentes de limpeza. Os fatores que contribuem para o sucesso desta operação são o tipo e concentração do agente de limpeza, a temperatura, o tempo e a mecânica da operação.
A escolha do agente de limpeza mais adequado implica o cumprimento de alguns requisitos. Este deve solubilizar-se rápida e completamente em água, ser eficaz na remoção e no transporte das partículas de contaminante, ser facilmente enxaguado, não formar espumas, e ser compatível com os materiais dos equipamentos. A concentração do agente de limpeza deve ser determinada por titulação ou condutimetria. Quanto à natureza, os agentes de limpeza podem ser neutros, alcalinos ou ácidos. Os agentes alcalinos são mais úteis na remoção de contaminantes orgânicos insolúveis em água, já que estes tendem a reagir quimicamente com o agente formando partículas solúveis. Os mais utilizados são os hidróxidos de sódio e de potássio. O hidróxido de potássio tem uma capacidade de limpeza superior no entanto é dispendioso, pelo que a sua utilização é limitada. Os agentes ácidos auxiliam a remoção de contaminantes inorgânicos pouco solúveis em água, já que estes são transformados quimicamente em sais solúveis. O ácido fosfórico é o agente ácido mais utilizado devido ao seu elevado poder de limpeza, e ao fato de não atacar o aço inoxidável dos equipamentos. Este agente pode ser utilizado na forma de mistura com surfatantes e outros ácidos como o ácido nítrico que apresenta uma melhor capacidade de remoção de depósitos minerais. Os agentes neutros são utilizados quando os contaminantes presentes nas superfícies dos equipamentos são muito solúveis em água, facilmente dispersantes ou emulsionantes. A temperatura utilizada na operação de limpeza depende de diversos fatores entre os quais o tipo de contaminante e a natureza do agente de contaminação. A mecânica da operação de limpeza diz respeito às condições físicas em que esta se processa, nomeadamente a pressão (mínimo de 3-5 bar), o volume e velocidade do escoamento (mínimo de 3-4 m/s). Dentro de certos limites, o tempo de limpeza, a temperatura, a mecânica da operação, a natureza e concentração do agente podem ser manipulados de modo a compensarem-se entre si. Por exemplo, para compensar uma baixa temperatura de fluido de limpeza pode-se aumentar a concentração do agente de limpeza e/ou a sua velocidade de escoamento (EßLINGER, 2006). |
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Referências:
EßLINGER, H. M. (2006). Handbook of Brewing - Processes, Technology, Markets. Freiberg-Germany: Wiley-VCH.
EßLINGER, H. M. (2006). Handbook of Brewing - Processes, Technology, Markets. Freiberg-Germany: Wiley-VCH.
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