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Qualquer produto, após ter sido lançado no mercado, possui um ciclo de vida que traduz a evolução ao longo do tempo da aceitação do produto pelo cliente, expressa em volume de vendas ( gráfico a) ou em lucro gerado dessas vendas (gráfico b). Na representação do ciclo de vida são identificadas cinco fases (FULLER, 2011)
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Ciclo de vida do produto em termos de: a) número de vendas, b) lucro, c) contribuição da introdução de NPA para o lucro (adaptado de FULLER, 2011)
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Na fase em que o produto é introduzido no mercado (1), as vendas crescem muito lentamente e o lucro gerado não compensa os investimentos realizados no projeto de I&D e na estratégia de marketing necessária à sua penetração no mercado (e.g. promoções, publicidade, demonstrações em loja). Segue-se uma fase de crescimento rápido das vendas (2) porque os clientes repetem a compra do produto e recomendam-no a outros clientes. Num determinado ponto desta fase os lucros das vendas superam as despesas. Na fase seguinte (3), verifica-se um abrandamento das vendas devido ao aparecimento no mercado de produtos competidores. Na fase de estabilização das vendas (4) observa-se uma redução dos lucros provocada pelo aumento nos investimentos necessários ao melhoramento do produto, para que este sobreviva no mercado. No final desta fase, as empresas optam por cessar o fabrico do produto. Na última fase do ciclo de vida do produto (5), as vendas diminuem até que se tornam insuficientes para gerarem lucro. Nessa altura a permanência do produto no mercado torna-se inviável (FULLER, 2011).
Para que as empresas sobrevivam e ganhem espaço de mercado face às suas concorrentes, os lucros gerados da venda dos seus produtos devem existir e perdurar ao longo do tempo. O gráfico c demonstra que a introdução sequencial de dois novos produtos permite que a empresa mantenha um cenário de lucro num determinado período de tempo. Esta estratégia obriga a que as empresas tenham disponíveis novos produtos prontos a serem lançados no mercado, devendo portanto apostar continuamente em projetos de I&D (FULLER, 2011). O DNP assume-se então como uma via capaz de incrementar a competitividade e as hipóteses de sobrevivência de uma empresa através da conceção, desenvolvimento e lançamento no mercado de produtos de valor acrescentado. No entanto, esta estratégia assume-se também como dispendiosa e arriscada dada a taxa de sucesso estimada ser habitualmente muito baixa. Geralmente, entre 1/6 a 1/20 do total de produtos introduzidos no mercado têm sucesso (FULLER, 2011). O risco de insucesso pode ser minimizado através do envolvimento de uma equipa multidisciplinar capaz de gerar e divulgar, nas várias etapas do processo de DNP, as informações que permitam tomar decisões informadas acerca da evolução das ideias até à introdução do produto no mercado. |
Referências:
FULLER, G. W. (2011). New Food Product Development - From concept to marketplace (3rd ed.). EUA: CRC Press.
FULLER, G. W. (2011). New Food Product Development - From concept to marketplace (3rd ed.). EUA: CRC Press.
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